Saberes dos corpos nas aguas: mariscando antropologias do corpo interepistêmicas de Lucrécia Raquel Greco, Elionice Sacramento, Gabriela dos Anjos de jesus, Xan Marçal, Sofia Reyna, en Ayé: Revista de Antropologia,n. 1, v. 6 (2024).
Resumo: Nossa proposta é colocar em dialogo e identificar confluências no pensamento desde os corpos-territórios de comunidades tradicionais marisqueiras e antropologias e produções acadêmicas sensíveis às corporalidades para levar a sério o status epistemológico dos sabres corporais. Dentro do âmbito académico nosso intuito é reivindicar as sensibilidades e modos somáticos de atenção proporcionados pela experiência das aguas, seja como fluido bom para pensar, seja na luta pelos territórios quilombolas. Nessa prática de mariscagem abordaremos perspectivas que focam nos contornos sociopolíticos das corporalidades e por outro, perspectivas que focam na agência e na potência destas. Estas perspectivas são permeáveis e dialéticas: compreendemos que os limites, estruturas ou contornos não invalidam as agências, assim como sabemos que pensar nas agências não descontextualiza nem renuncia ao reconhecimento dos limites das existências. Assim, destacaremos a forma em que corpos-territórios produzem e carregam consigo conhecimentos, mas não negligenciaremos a forma em que também são persistentemente expostos ao antropocentrismo colonial capitalista, ao racismo e à violência de gênero. Nas duas ancoragens submergimos na turbulência do encontro destas perspectivas com nossas análises e experiências como autoras.
Palavras-chaves: Antropologias do corpo; territórios das águas; autoridades epistêmicas.
Saberes de los cuerpos en las aguas. Mariscando antropologías del cuerpo interepistêmicas
Resumen: Nuestra propuesta es dialogar e identificar confluencias entre el pensamiento desde los cuerpos-territorios de las comunidades marisqueras tradicionales y antropologías y producciones académicas sensibles a la corporalidad, para tomar en serio el estatus epistemológico de los sables corporales. En el ámbito académico, nuestro objetivo es reivindicar las sensibilidades y los modos somáticos de atención que proporciona la experiencia del agua, ya sea como fluido bueno para pensar o desde la lucha por los territorios quilombolas. En esta práctica pesquera abordaremos por un lado perspectivas que se centran en los contornos sociopolíticos de la corporalidad y, por otro, perspectivas que se centran en su agencia y poder. Estas perspectivas son permeables y dialécticas: entendemos que los límites, las estructuras o los contornos no invalidan las agencias, así como sabemos que pensar en las agencias no descontextualiza ni renuncia al reconocimiento de los límites de las existencias. Así, resaltaremos la forma en que los cuerpos-territorios producen y transportan conocimiento, pero no descuidaremos la forma en que también están persistentemente expuestos al antropocentrismo colonial capitalista, al racismo y la violencia de género. En ambos anclajes nos sumergimos en la turbulencia del encuentro entre estas perspectivas y nuestros análisis y experiencias como autores.Palabras clave: Antropologías del cuerpo; territorios de las aguas, autoridades epistémicas.
Fuente: https://revistas.unilab.edu.br/index.php/Antropologia/article/view/2041/1524