"Cuerpo, racialización y performance en tiempos de multiculturalismo: sujeciones, agencias y subversiones en tres casos de patrimonialización afrolatinoamericanos/caribeños", february 2022, Interseções Revista de Estudos Interdisciplinares 23(3),, por Viviana Parody.

DOI: 10.12957/irei.2022.64921

Resumen

En las últimas décadas, en consonancia con el auge multicultural, los organismos internacionales comenzaron a tomar partido en defensa de la “diversidad” y de aquellas expresiones que de ella se derivan alcanzando el estatus de “patrimonio intangible” (UNESCO, 2003, 2005). En no pocas oportunidades, sin embargo, estas legitimaciones son adquiridas mediante arduos procesos de postulación en los que los Estados nacionales y los grupos “portadores” se ven involucrados en “inventarios” y “puestas en valor”. Estos bienes culturales resultantes, cuyo clivaje es corporal, tanto pueden facilitar a sectores poblacionales históricamente subalternizados la subversión de estigmas como su reconfiguración en novedosas formas de otrerización -tales como exotismo, espectacularización, folklorización-. Entendiendo a estas convenciones y sus puestas en práctica como un tipo particular de política cultural de corte global que tiene su emergencia en el marco del multiculturalismo, en este artículo propongo dirimir -de manera comparativa y multisituada- las sujeciones, agencias y subversiones dadas en tres procesos de patrimonialización afrolatinoamericanos/caribeños (Colombia, Cuba, y Uruguay). De manera específica, analizo las articulaciones que entre raza, cuerpo y performance se suscitan en estos procesos mediante los cuales determinados sectores poblacionales signados por la “raza” devienen protagonistas y a la vez garantes de la “salvaguardia” de las expresiones performáticas patrimonializadas. En el transcurso, privilegio examinar la medida en que estas nuevas políticas de corte global (y sus traducciones locales), o bien fortalecen o bien ponen en cuestión “regímenes de corporalidad situados” (Restrepo, 2010). Una antropología de y desde los cuerpos asiste la metodología, en no pocos períodos circunscrita a la participación radical (Jackson, 1996 y Blacking, 1995 en Ferreira, 1999), donde la corporalidad del investigador se constituye en la materialidad especular sobre la cual los actores sociales también proyectan marcaciones e identificaciones contrastativas que, en no pocas oportunidades, aún responden a regímenes de colonialidad.

Palabras clave: Cuerpo. Racialización. Patrimonialización

Abstract
In recent decades, in line with the multicultural boom, international organizations began to take sides in defense of “diversity” and those expressions that derive from it, reaching the status of “intangible heritage” (UNESCO, 2003, 2005). On many occasions, however, these legitimations are acquired through arduous application processes in which nation states and "carrier" groups are involved in "inventories" and "enhancements." These resulting cultural assets, whose  cleavage is bodily, can both facilitate the subversion of stigmas to historically subalternized population sectors and their reconfiguration into novel forms of otrerization -such as exoticism, spectacularization, folklorization-. Understanding these conventions and their implementation as a particular type of cultural policy of a global nature that has its emergence within the framework of multiculturalism, in this article I propose to resolve - in a comparative and multisituation way - the constraints, agencies and subversions given in three Afro-Latin American / Caribbean patrimonialization processes (Colombia, Cuba, and Uruguay). In a specific way, I analyze the articulations that between race, body and performance arise in these processes through which certain population sectors marked by "race" become protagonists and at the same time guarantors of the "safeguard" of patrimonialized performative expressions. In the course of this, it is my privilege to examine the extent to which these new global policies (and their local translations) either strengthen or call into question “situated corporeal regimes” (RESTREPO, 2010). An
anthropology of and from bodies assists the methodology, in not a few periods circumscribed to radical participation (JACKSON, 1996 and BLACKING, 1995 in FERREIRA, 1999), where the corporality of the researcher is constituted in the specular materiality on which the actors Social organizations also project contrasting markings and identifications that, on many occasions, still respond to regimes of coloniality.

Keywords: Body. Racialization. Patrimonialization

Resumo

Nas últimas décadas, em consonância com o boom multicultural, os organismos internacionais passaram a tomar partido na defesa da “diversidade” e das expressões que dela decorrem, atingindo o estatuto de “património imaterial” (UNESCO, 2003, 2005). Em muitas ocasiões, entretanto, essas legitimações são adquiridas por meio de árduos processos de aplicação, nos quais os Estados-nação e grupos de "transportadores" estão envolvidos em "inventários" e "aprimoramentos". Esses bens culturais resultantes, cuja clivagem é corporal, podem tanto facilitar a subversão de estigmas a setores historicamente subalternizados da população quanto sua reconfiguração em novas formas de terceirização - como exotismo, espetacularização, folclorização -. Compreendendo essas convenções e sua implementação como um tipo particular de política cultural de caráter global que tem sua emergência no âmbito do multiculturalismo, neste artigo me proponho a resolver - de forma comparativa e multisituacional - as subversões, agências e sujesões dadas em três processos de patrimonialização afro-latino-americana / caribenha (Colômbia, Cuba e Uruguai). De forma específica, analiso as articulações entre raça, corpo e performance surgidas nesse processo, por meio das quais determinados setores da população marcados por "raça" tornam-se protagonistas e ao mesmo tempo fiadores da "salvaguarda" das expressões performáticas patrimonializadas. No decorrer disso, tenho o privilégio de examinar em que medida essas novas políticas globais (e suas traduções locais) fortalecem ou questionam “regimes corporais situados” (RESTREPO, 2010). Uma antropologia dos e dos corpos auxilia a metodologia, em não poucos períodos circunscritos à participação radical (JACKSON, 1996 e BLACKING, 1995 em FERREIRA, 1999), onde a corporalidade do pesquisador se constitui na materialidade especular sobre a qual os atores. As organizações sociais também projetam marcações e identificações contrastantes que, em muitas ocasiões, ainda respondem a
regimes de colonialidade.

Palavras-chave: Corpo. Racialização. Patrimonialização.

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