O HÁBITO DA CRIAÇÃO. ANÁLISE DE UMA EXPERIÊNCIA DE TRABALHO CORPORAL COM MULHERES NO BAIRRO 31, BUENOS AIRES. idança.txt Volume 2, Novembro 2010.

Por Lucrecia Raquel Greco
Doutoranda em antropologia. Professora licenciada em ciências antropológicas na Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Buenos Aires. Integrante da cátedra de Epistemologia Ciências Antropológicas na mesma instituição. Bolsista de doutorado pela Agencia Nacional de Promoción Científica y Tecnológica, Argentina.

…aprendimos a observar y ver que hacemos
tantos movimientos en nuestra vida que
ahora recién tomé conciencia de eso...
(Rose, integrante do projeto En Movimiento)

 

AQUECIMENTO

A partir de uma antropologia atenta ao rol constitutivo das experiências e do movimento corporal na construção da realidade social, refletiremos sobre o processo de trabalho desenvolvido com um grupo de mulheres adultas do Barrio Villa 31, em Buenos Aires, com diversas técnicas corporais (ioga, expressão corporal, folclore, tango e composição em dança). Nesse processo, as participantes modificam, reelaboram e/ou reproduzem experiências e práticas habituais, ligadas principalmente às estruturas de classe e gênero que atravessam o seu cotidiano. As oficinas se situaram, e se situam, no “Galpón” da Asociación Civil por El Futuro de Nuestros Chicos do bairro 31. O período abordado refere-se ao processo ocorrido entre outubro de 2008 e junho de 2010. Como pesquisadora, não fui só observadora, ocupei diversos papéis: coordenadora, docente, colaboradora, aluna, além de observadora.

Em primeiro lugar, me posicionarei “em eixo” para dar conta dos pressupostos da pesquisa. Dentro da antropologia, parto de uma noção de sujeito como agente social ativo, consciente, reflexivo e encarnado (embodied), e me preocupo em ressaltar a tensão entre práxis criadora, reprodução de experiências e práticas habituais. Ao mesmo tempo, considero que pensar a experiência vivida como constitutiva dos sujeitos e da sociedade é uma opção política que, sem deixar de levar em conta as relações de poder, nos permite entender o mundo social tal como é feito e transformado coletivamente pelos sujeitos.

 


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